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29/11/2005 - 02h59
Blog é ferramenta ágil na cobertura da crise, diz Fernando Rodrigues no Programa do Jô

Da Redação
Em São Paulo

Os blogs são ferramentas ágeis, que permitem a publicação de notícias na velocidade em que os fatos acontecem, o que é imprescindível em coberturas como a da atual crise política. A avaliação é do jornalista Fernando Rodrigues, autor do blog de política mais visitado do Brasil, colunista do UOL e repórter especial da Folha. Rodrigues foi um dos convidados do Programa do Jô, da Rede Globo, apresentado na madrugada desta terça-feira (29).

"É muito fácil, eu posso atualizar o blog em Londres, Washington, Tóquio, onde quer que eu esteja, sem ter de recorrer a um webmaster. Basta um computador conectado à Internet, digitar a senha, escrever, apertar um botão e pronto, a notícia está no ar", afirmou o colunista do UOL, que converteu sua coluna num blog em setembro. Segundo dados do Ibope, o blog de Fernando Rodrigues foi líder absoluto em audiência.

O jornalista informou que já há cerca de 21 milhões de blogs em todo o mundo e que o número está crescendo. Rodrigues explicou como atualiza seu blog a Jô Soares, que o expôs no programa.

Além de destacar as qualidades do blog, Fernando Rodrigues respondeu a questões de Jô Soares sobre a crise política. O colunista do UOL afirmou que a semana será marcada pela votação do processo de cassação do deputado federal José Dirceu (PT-SP). Rodrigues informou que o ex-ministro da Casa Civil conta com o apoio de diversos caciques do Congresso, alguns fora do PT.

"Muitos políticos não demonstram abertamente, mas defendem José Dirceu. É o caso de ACM e José Sarney, que não querem que os deputados que eles comandam votem pela cassação de Dirceu", afirmou o jornalista, que salientou o fato de a votação ser secreta.

O repórter especial da Folha ponderou que a atual crise política deve resultar em um número de cassações semelhante ao do escândalo dos anões do Orçamento (1993), quando seis congressistas perderam o mandato. "Embora esta crise seja maior, o número de cassados deve ser parecido".

Fernando Rodrigues disse que a atual crise política expôs uma prática que já acontecia em outros governos. "Pela primeira vez nós estamos conhecendo um esquema tentacular muito amplo. O principal agora é saber se vai haver conseqüências, pois crises como essa já aconteceram", avaliou o colunista.

Para o jornalista, as investigações ainda não revelaram com precisão a origem e o destino dos recursos ilegais, ora apontados como "caixa 2" do PT, ora apontados como verba para o pagamento do "mensalão". "Não se sabe de onde veio e para onde foi o dinheiro. Não dá para saber quem está falando a verdade. Como tudo se pagava com dinheiro vivo, é muito difícil saber", disse Rodrigues.

A crise, segundo o jornalista, também abriu uma discussão sobre as funções de cada poder, sobretudo após as intervenções do STF (Supremo Tribunal Federal) no processo de cassação de Dirceu. Rodrigues lembrou que as provas produzidas pelo Congresso, em investigações como as CPIs, costumam ser frágeis do ponto de vista legal, o que impede que os indiciados sejam condenados na Justiça.

"Collor renunciou para escapar do impeachment, mas não foi condenado nenhuma vez na Justiça. Ele obteve, entretanto, a pior condenação que um político pode receber que é a condenação política, pois nunca mais voltou a se eleger", disse o colunista do UOL.

Visite o blog do Fernando Rodrigues






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